Silicone: beleza e segurança (Entrevista Dr. Deivis para o Jornal NH

Silicone: beleza e segurança

Mudar o visual com segurança: esses é o principal pedidos das mulheres que optam pelas próteses de silicone nas mamas. O cirurgião plástico Deivis Albers explica que, entre outras questões, não há risco de haver uma rejeição, pois o silicone é material biocompatível. “O que pode ocorrer é que algumas pacientes podem desenvolver cicatriz mais espessa ao redor do implante, a contratura capsular”.

Recentemente, a Anvisa recolheu uma linha de próteses de silicone que estariam relacionadas ao surgimento de um tipo de linfoma. Mulheres que já têm silicone nas mamas devem se preocupar? esse implante foi associado com um tipo raro de câncer, que não é da mama, é um linfoma, ou seja, é um câncer do sistema imunológico, neste caso do sistema linfático. Quando a paciente coloca um implante, o corpo naturalmente reage formando um tecido em volta que é a cápsula cicatricial e por uma causa ainda não totalmente esclarecida, este raro tipo de linfoma se forma nesta cápsula. A probabilidade de uma mulher com prótese ter este linfoma é 0,0003% durante a vida, ou seja, em torno de 1:30.000. se compararmos com a chance de uma mulher desenvolver câncer de mama, que gira em torno de 1:10 o risco de ter este linfoma é muito baixo. Toda paciente que tem prótese de silicone deve seguir um acompanhamento regular para avaliar como está o implante e a mama. estando assintomática e com exames regulares, não precisa se preocupar. Os dados científicos que dispomos no momento não conseguem afirmar o porquê desta associação, se é uma característica do implante, de predisposição das pacientes ou outra variável ainda não identificada.

 As próteses de silicone têm uma data de validade? Atualmente, os implantes não tem data para serem substituídos. entretanto, não é correto afirmar que são vitalícios, pois todos estão sujeitos a rompimento com o decorrer dos anos. Os implantes atuais são mais resistentes e com silicone coesivo, que não migra caso ocorra um rompimento. Com isto, a recomendação é que a paciente siga um acompanhamento regular com exames de imagens. Precisará trocar caso ocorra algum rompimento, intercorrência como contratura capsular ou outro fator como preferência por alterar o volume.

Com o passar dos anos e a flacidez natural da pele, a prótese pode se deslocar? sim, chamamos de ptose quando a mama acaba descendo, formando uma dobra no sulco mamário. Com a flacidez da pele, o implante pode se descolar para lateral quando deitada e, em alguns casos, sofrer até uma rotação.

As próteses atualmente usadas no Brasil têm algum risco de vazar ou romper? Quanto ao vazamento, não há risco, pois todas os implantes usados no brasil passam por testes do inmetro e são previamente liberadas pela Anvisa, sendo de silicone coesivo, que não vaza. Quanto à ruptura, todas as marcas podem cursar com um risco progressivo, com uma chance em 1% ao ano.
A amamentação ou os exames de mama ficam prejudicados com a colocação das próteses? Com os equipamentos atuais de investigação que dispomos, não interferem na prevenção. e a amamentação depende da técnica utilizada. Nos casos que se associa uma elevação do Complexo AréolaPapilar e da Mama podem interferir com a amamentação.

Meninas que colocaram próteses precisam de exames específicos? Ou com uma frequência maior? Os exames indicados para a cirurgia de prótese são para avaliar se a paciente tem condições clínicas para o procedimento. então se é uma paciente com boa saúde, a princípio não precisa de nenhum exame, mas temos a rotina de checar a coagulação, se pode estar com anemia, se possui diabete e se o exame da mama está regular. se é uma paciente com menos de 40 anos, não há necessidade de realizar um exame de imagem, mas é praxe fazemos uma ecografia prévia para conferir a existência de algum cisto ou nódulo. Após a colocação, é recomendado que as pacientes realizem um exame de imagem a cada 2 ou 3 anos antes dos 40 anos e, após esta idade, anualmente.

Silicone: beleza e segurança (Entrevista Dr. Deivis para o Jornal NH



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